Como Atrasar o Envelhecimento Cerebral por 11 anos!

Por William Faloon

Você está prestes a aprender como modestas modificações na dieta podem reduzir o risco de Alzheimer em 35% quando uma dieta saudável é consistentemente seguida.

O envelhecimento normal está associado a insuficiência cognitiva leve que muitas vezes progride para a doença de Alzheimer.

No momento em que um americano atinge a idade de 85 anos, o risco de exibir sintomas clínicos de Alzheimer aumenta para 45%.
Ninguém ainda sabe como os recursos de cuidados de saúde dessa nação irão lidar com essa epidemia iminente. Imagine, então, aqui no Brasil.

A notícia fantástica é que décadas de pesquisa humana e animal levaram a descobrir abordagens nutricionais que os indivíduos podem adotar para reduzir drasticamente seu risco de senilidade (envelhecer com saúde se chama senescência, envelhecer com doenças, senilidade).

A dieta é um poderoso fator ambiental que afeta nossas habilidades de pensamento na juventude e afeta se desenvolvemos demência à medida que envelhecemos.

Os dados de estudos publicados em 2015, mostram as medidas que preservam a saúde cerebral que ocorrem em resposta a escolhas dietéticas mais saudáveis. Eu suspeito que a maioria de vocês que estão lendo, irão seguir pelo menos alguns desses padrões de alimentação benéficos.

O que nos impressionou sobre esses novos estudos clínicos é que eles apresentaram reversões da disfunção cognitiva principalmente nos idosos. Nos indivíduos estudados se esperava que já tivessem uma neurodegeneração permanente que foi considerada “incurável”.

Num destes estudos realizado na Universidade Rush, a idade média dos sujeitos foi de 81 anos, e mostrou que talvez nunca seja tarde demais para alterar os padrões alimentares de uma pessoa para proteger a função cerebral.

 

Projeto da Universidade Rush

 Pesquisadores da Rush University estudaram mais de 900 participantes, de 58 a 98 anos, e os seguiram em média por 4,5 anos. Foram avaliadas três intervenções dietéticas diferentes, incluindo a dieta mediterrânea, a dieta DASH e uma mistura das dietas do Mediterrâneo-DASH chamado dieta MIND. Os pesquisadores analisaram os efeitos dessas três dietas sobre o risco de doença de Alzheimer.

A dieta MIND enfatizou os componentes nutricionais ligados à prevenção de neuroproteção e demência, especificamente o consumo de polifenóis a partir de frutas como uvas, amoras, mirtilo, framboesa, açaí, acerola, “gojiberry”, “cranberry”, morango, cítricos, entre outras, e vegetais de folhas verdes.

Os resultados da análise do estudo mostraram benefícios notáveis ​​para cada uma das dietas, em particular para aqueles sujeitos que seguiram corretamente a dieta MIND com sua ênfase em polifenóis de frutas e vegetais verdes.

maior nível de conformidade com a dieta MIND conferiu uma redução altamente significativa de 52% na taxa de desenvolvimento da doença de Alzheimer em comparação com os participantes que não seguiram à risca a dieta MIND.

 

Benefícios encontrados em outras dietas saudáveis

Embora não tenham sido tão significativos quanto os resultados obtidos com a dieta MIND, os participantes com maior adesão à dieta mediterrânea também tiveram uma redução significativa no risco de Alzheimer em comparação com os que não seguiram corretamente a dieta mediterrânea. Para a dieta DASH, o maior nível de conformidade resultou em uma redução de 40% no risco de doença de Alzheimer que atingiu quase exatamente a significância estatística.

Mesmo os sujeitos do estudo que não seguiram à risca a dieta MIND, ingerindo apenas alguns dos constituintes de uma dieta saudável para o cérebro, como as frutas ricas em polifenóis (citadas acima), tiveram seu risco de demência reduzido em 35%.

Essas enormes reduções de risco em resposta a padrões alimentares mais saudáveis representam uma grande mudança no que se refere às terríveis previsões de dezenas de milhões de americanos que sofrem de demência.

O problema é que relativamente poucas pessoas conseguem ficar exclusivamente com padrões alimentares saudáveis. A notícia encorajadora é que apenas a ingestão de alguns constituintes da dieta MIND mostrou conferir proteção considerável contra as doenças neurodegenerativas.

Essas descobertas são revolucionárias e os médicos devem despertar para o fato de que a demência não é sempre uma desordem irreversível nos estágios iniciais.

Problemas de memória? Que tal modificar o estilo de vida com dieta, exercícios e suplementação, ao invés de gastar dinheiro em remédios que não apresentam resultados tão animadores?

 

Na próxima semana: Alimentos saudáveis ​​para o cérebro, alimentos perigosos e os Componentes da MIND Diet

 

Fonte: REVISTA LIFE EXTENSION
Como atrasar o envelhecimento cerebral por 11 anos
Abril de 2016