ÔMEGA 3 – OS DOIS LADOS DE UMA MESMA MOEDA

Não é moda não! Funciona mesmo ! E funciona de uma maneira melhor do que vários medicamentos. É um suplemento com super funções já bem estabelecidas em vários artigos e estudos. E sem efeitos colaterais.

Se todos sabemos que é bom e nos faz bem, porque escrever sobre ele? É para não sairmos tomando em qualquer dose, da marca mais barata e assim não obtermos benefício algum desses óleos.

Começarei primeiro pelo lado bom da moeda. Alguns destes benefícios você já ouviu falar:
1.Redução dos triglícerídios.
2.Aumento do colesterol bom (infelizmente este benefício não é para todos).
3.Diminui a viscosidade sanguíne.
4.Abaixa a pressão.
5.Afina o sangue.
6.Anti inflamatório (não pense só em juntas, nosso corpo pode ter inflamação em qualquer parte que pode nos deixar doentes ou suscetíveis a doenças).
7.Anti arritmias cardíacas.
8.Contribui para a geração de energia no músculo cardíaco.
9.Estabiliza a placa de gordura nos nossos vasos sanguíneos.
10.Inibe a proliferação de células cancerígenas.
11.Melhora o desempenho da nossa memória.
12.Devem estar estudando mais algum benefício que ainda não sei
13.Devo ter esquecido algum, ou não coloquei porque estão implícitos nos outros itens.

Quando nos deparamos com todos estes benefícios ficamos maravilhados e nos convencemos a realmente tomar, mas só obteremos estes benefícios se soubermos de algumas coisas que ninguém fala pois querem vender seu “peixe” e estar na moda. Por isso decidi escrever sobre o outro lado dessa moeda.

Ao tomarmos ômega 3, temos que estar atentos a certos cuidados para não nos prejudicarmos:
– Nosso metabolismo individual de gorduras .
– Qual ácido graxo tomar.
– Dose mínima de ácidos graxos por cápsula .
– Dose de acordo com nossas particularidades (doenças, alimentação, atividade física, medicamentos).
– Qualidade e segurança

Metabolismo Individual de Gorduras
Existem pessoas que não conseguem modificar os seus níveis de colesterol para um perfil mais salutar tomando ômega 3. O que determina isso é uma variação nos genes desta pessoa. Para saber se o indivíduo é portador desta alteração genética existem duas formas: fazer um teste genético ou tomar o ômega 3 (de qualidade) e depois de 3 meses dosar o colesterol para ver o que aconteceu. Mas, não tomamos somente com essa finalidade, então cabe ao seu médico decidir se você deve ou não continuar com a suplementação de ômega.

Qual ácido graxo tomar
O ômega 3 é um óleo que possui uma apresentação química que o difere dos outros tipos de gorduras e que nos dá todos aqueles benefícios já citados. Simplificando, ômega 3 é o nome da família de gorduras que nos fazem funcionar extremamente bem. E o nome científico das gorduras é: ácido graxo. E nessa família ômega 3, temos o EPA e o DHA que são dois ácidos graxos. Ainda nessa família encontramos os membros veganos, a maioria comercializada em cápsula é proveniente do óleo de linhaça e se chama ALA e que ao passar pelo fígado se transforma em EPA e DHA.
Existem várias famílias de gordura e algumas precisamos consumir e outras não devemos nem passar perto (gorduras trans por exemplo). Tudo sempre é uma questão de equilíbrio.

A família ômega 6 e ômega 9 estão bastante presentes na nossa alimentação, tão presentes que não precisamos suplementá-las em cápsulas. A fonte delas são os óleos vegetais. Então, não devemos comprar cápsulas com essa família achando que estamos comprando um suplemento completo. A não ser que você não esteja comendo nada, mas aí deixe seu médico ou nutricionista lhe indicar esse tipo de suplemento específico para situações específicas.
Alguns indivíduos são mais propensos a desenvolverem doenças neurológicas, para essas pessoas existe a possibilidade de se usar uma cápsula que seja mais rica do ácido graxo que tenha mais efeitos de neuroproteção, o DHA.

Recentemente, têm saído os resultados de estudos de uma outra família, a do ômega 7. E eles têm sido excelentes no que se refere ao tratamento da síndrome metabólica (obesidade, açúcar no sangue, triglicerídios e pressão altos e colesterol HDL baixo), que requer o uso de vários medicamentos. Seria, então, o ômega 7, tão eficiente quanto essas drogas, mas com a vantagem de ser um ao invés de vários e sem os efeitos colaterais das medicações.

Dose mínima de ácidos graxos por cápsula:
Em uma cápsula de ômega 3 que contenha 1000 mg de ácidos graxos, 360mg têm que ser de EPA e 180 mg de DHA no mínimo. E o restante, os 460 é preenchido com outros óleos, dos mais variados tipos: girassol, soja, (ômega 9), linhaça(ômega 3), vitamina E ….

Então temos que estar atentos também nesse quesito, quando olharmos a composição no frasco do ômega:

No quadro acima vemos que a porção é de 2 cápsulas, vamos então dividir por dois para saber a quantidade de EPA por cápsula deste produto: 330 mg, está bom, mas existem produtos com mais por cápsula. DHA: 220 MG, ótimo.

Qualidade e segurança:
Todos sabemos que o os oceanos estão contaminados por metais pesados e os peixes também. As cápsulas de ômega 3 que consumimos, em sua grande maioria, são compostas de óleo de peixe e consequentemente poderão estar com altos índices de chumbo, mercúrio, arsênico, alumínio, PABA, dioxina e cádmio, o que pode gerar problemas cardiovasculares, respiratórios e neurológicos.

Além disso, por problemas de armazenamento, técnicas de conservação, pode estar oxidado, contaminado por bactérias,ou seja, estragado, o que acaba não nos fornecendo nenhum dos seus tantos almejados benefícios.
Um ômega 3 seguro conterá na embalagem dele o selo de um projeto que atesta pureza, potência, frescor e qualidade, seguindo a referência de vários conselhos mundiais, entre eles a Organização Mundial de Saúde.

O selo do projeto, é este:

Infelizmente ainda não encontrei nenhum selo deste nos produtos vendidos nas grandes redes de farmácia da minha cidade. E quando pergunto aos representantes de laboratório se o ômega deles está certificado pelo IFOS, o representante nem sabe o que é isso.

Dose de acordo com nossas particularidades:
Vários fatores influenciam a dose que devemos tomar de ômega 3: doenças, alimentação, atividade física, medicamentos que tomamos. Se temos, por exemplo, diabetes, temos um grau maior de inflamação no nosso corpo então temos uma necessidade bem aumentada de ômega 3 ou então devemos até tomar o ômega 7. Uma alimentação rica em gorduras do tipo 6 e 9 e em carboidratos também requer uma dose caprichada de ômega 3. Ser vegano também influencia na dose e tipo de ômega ingerido.

Atletas também precisam de uma dose maior de ômega 3, principalmente do DHA. Alguns medicamentos fazem com que eliminemos o ômega 3 tomado ou fazem com que nem seja absorvido. Existem doses padronizadas, mas as doses individualizadas fazem com que obtenhamos aproveitamento máximo de todos os benefícios relacionados ao seu uso constante.